A crise na Europa certamente criou grandes movimentos opositores ao governo, de fato como bem coloca a autora Maria Stella Martins Bresciani do livro ‘’Londres e Paris no século XIX’’ A multidão, sua presença nas ruas de Londres e Paris do século XIX foi considerada pelos contemporâneos como um acontecimento inquietante’’. Nos conflitos atuais é possível perceber o mesmo sentimento em relação à população, porém essa por sua vez revida com ações bem violentas como o ocorrido em Paris em 2005 onde a falta de opções para os jovens desfavorecidos serviu de combustível para um novo surto de violência, segundo o consultor em prevenção urbana Yazid Kherfi.
‘’O ato de viver em uma grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar de uma identificação visual de saber adquirido, portanto. ’’ explica a autora, atitudes como as observadas em Paris podem explicitar um desejo ainda reprimido de uma população. O ato de gastar muito dinheiro com paredes e esquecer-se dos jovens, como bem disse a presidente da associação ‘’Pouvoir d'Agir’’pode gerar péssimos resultados futuros. O sociólogo Jean-Marc Stébé possui uma opinião bem fundamentada sobre o assunto como bem disse à BBC:
"Os jovens estão pessimistas. Eles recebem propostas de trabalhos ruins e salários baixos. Muitos acabam voltando-se para atividades melhor remuneradas, como o tráfico de drogas ou armas, o que gera mais conflitos com a polícia."
Parte da culpa dessa situação esta na maneira como são tratadas os manifestantes que tem todo seu ódio iniciado nas periferias de Paris ou ate mesmo nas de Londres que se assemelham muito esse configuram como a parte esquecida da população. Esses locais são muito bem retratados no capitulo ‘’A descida aos infernos’’ onde a autora consegue exprimir o sentimento escondido por trás da pobreza em que vivem essas pessoas. Em uma das passagens ela cita ‘’ o inferno é uma cidade semelhante a Londres, uma cidade esfumaçada e populosa. Existe aí todo tipo de pessoas arruinadas e pouca diversão, ou melhor, nenhuma, e muito pouca justiça e menos ainda compaixão’’.
As reformas sociais propostas pelo governo francês após os distúrbios na periferia de Paris em 2005 fracassaram. 43% dos franceses acreditam que a situação nas periferias do país piorou desde os distúrbios de 2005. A opinião reflete números oficiais, que mostram que a taxa de desemprego entre os jovens chega a 40% em algumas localidades, o dobro da média nacional. No passado situações semelhantes levaram a uma onda saques e roubos que levou escritores a se manifestarem como explicita a autora ainda no capítulo “A descida aos infernos’’Os escritores manifestam seus temores pela crescente onda de crimes e pelos possíveis ataques à propriedade. Estimam-se em 20000 os criminosos espalhados pela cidade de Londres’’.
O crescimento populacional em Paris e Londres é evidente, em ‘’ A colméia popular’’ a em virtude do crescimento exponencial da população a autora afirma que para o francês já não há mais diferença entre o homem trabalhador, o pobre e o criminoso. ’’ Na verdade constituem níveis de uma mesma degradada condição humana a do trabalhador dos grandes centros urbanos ‘’.
Por : Anderson Vinicius e Caio Augusto
Noticias extraidas : http://www.bbc.co.uk/portuguese/
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110815_espanha_pobres1_pu.shtmlhttp://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110815_riots_uk_beneficios_rc.shtml
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