sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A arte de análise popular



Para tentar chegar a uma construição total de um ambiente, os situacionistas criaram um método e uam técnica de ação: a psicogeografia e a deriva.
A psicogeografia consistia em um estudo dos efeitos do meio geográfico que agem diretamente sobre o comportamento afetivo dos indivíduos. A deriva era a técnica da passagem rápida por ambiências variadas.
A deriva não pretendia ser vista como uma prática artística, mas como uma técnica situacionista para tentar desenvolver na prática a ideia de construção de situações através da psicogeografia. Seria uma apropriação do espaço urbano pelo transeunte pelo “andar sem rumo”.

Map of Venice – Ralph Rumney

A ideia de construção de situações era um pensamento tipicamente situacionista, por acreditar que um criador de situações seria um vivenciador de momentos e por meio disso se chegaria a uma revolução do cotidiano.
O desenho da cidade deveria surgir a partir do seu conhecimento, e só os habitantes e usuários desses ambientes seriam capazes de sabê-lo. Porém, a questão é que a sociedade não se preocupava com isso, logo, a desmassificação da consciência se julgava necessária para que essa pessoas pudessem começar a reagir e notar seu próprio espaço, e não aceitá-lo como os urbanistas e planejadores o tinham desenhado.

The Naked City - Debord

The Naked City: considerada a melhor ilustração do pensamento situacionista. Composto por vários recortes do mapa de Paris e setas indicando possíveis ligações entre diferentes unidades. Essas unidades estão dispostas de forma aleatória mas demostram uma relação desses espaços ditada pela experiência da deriva.

Sur le passage de quelques personnes à travers une assez courte unité de temps - Segundo filme de Debord, 1959, que ilustra, pelo próprio fundador do movimento a Teoria da Deriva:
http://www.dailymotion.com/video/x8crh0_sur-le-passage-de-quelques-personne_news

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