quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Os Educadores



               Jan e Peter são dois jovens que acreditam que podem mudar o mundo. Eles são "Os Educadores", rebeldes contemporâneos que expressam sua indignação invadindo mansões, trocando móveis de lugar e espalhando mensagens de Protesto.
            Jule namorada de Peter se envolveu em um acidente, destruindo o carro de um empresário milionário. Condenada a pagar, ela se vê trabalhando para cobrir a dívida, o que a deixa indignada.
Nesse meio tempo Peter vai para Barcelona e pede pra Jan cuidar de Jule, A partir daí os dois acabam se envolvendo, e Jan conta para ela que juntamente com Peter, são os educadores. Então empolgada Jule convence Jan a invadir a casa do milionário que a processou. Desse modo eles invadem a casa,  porém na fuga Jule acaba esquecendo o celular, os obrigando a retornar, mas são surpreendidos pelo empresário e acabam  sendo obrigados a seqüestrá-lo.
            No filme "Os Educadores" é passada a idéia contra o consumismo desenfreado, o que no capitalismo é a ordem vital. Os produtos passam a imagem que vão mudar nossas vidas incentivando-nos a adquiri-los, a exemplo disso temos o personagem Hardenberg, que obtém diversos produtos em virtude de um mero status social. Os educadores possuem a ideologia de uma revolução que começa mantendo nossas virtudes, e com isso não se rendendo ao sistema e mantendo nossos ideais intactos.
            A revolta dos Educadores com o capitalismo tem como base os jovens revolucionários dos anos 60, tendo como exemplo o famoso maio de 68, no qual os protestos tinham a intenção de gerar pânico na burguesia, provocando uma ameaça movida pela utopia socialista.
             Os novos revolucionários (Os Educadores) se vêem reféns de um mundo submetido ao comodismo, contribuição de um passado de desilusões (revoluções e gerações passadas). Eles pretendem inventar uma nova forma de protesto que possa agitar o psicológico do sistema capitalista, o que seria uma nova alternativa de revolução.
             O filme faz uma forte crítica acerca dos anseios de uma geração revolucionária ( jovens de 68), que agora envelhecida tem seu idealismo privado pelo capitalismo.   Isso fica claro quando é abordado a historia de Hardenberg, o empresário seqüestrado com ideais neoliberais, mas que posteriormente foi um dos líderes estudantis contra o capitalismo. Podemos analisar, como a influencia cultural contraria nossas convicções, as propagandas capitalistas, e nossos laços culturais, que destroem o nosso sonho idealista.


                              Caio Augusto Cruz

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