terça-feira, 23 de agosto de 2011

INTERNACIONAL SITUACIONISTA



“Não há algo como uma obra situacionista, mas um uso situacionista da obra” (Publicado na Internacional Situacionista 4, (1960).)

Foi um movimento europeu de crítica social, cultural e política apoiado na crítica à sociedade de consumo e à cultura mercantilizada. Iniciado em 1957, teve 15 anos de duração, baseando-se numa utopia próxima aos ideais anarquistas.
Os situacionistas, principalmente Guy Debord – fundador do movimento e autor de “Sociedade do Espetáculo” – recusavam a se enquadrar nos padrões de usuário-tipo da sociedade, clássica do Movimento Moderno. Haviam fortes críticas acerda da apatia da vida cotidiana, da aceitação passiva na qual as pessoas estavam inseridas.
Os desejos revolucionários denunciavam a necessidade de renovação, uma busca  pela espontaneidade.
A descentralização da arte estava dentro das ambições dos situacionistas, abolindo a noção de arte como uma atividade especializada e separada, transformando-a naquilo que seria parte da construção da vida cotidiana, rompendo com o circuito da elite para a arte.  
“Construa você mesmo uma situaçãozinha sem futuro” – slogan situacionista – convida a sociedade para uma transformação do mundo cotidiano atravéz de uma fusão de uma vida ordinária com a arte. Porém, acreditavam que a superação da arte só viria pela transformação do meio urbano: fazer da arquitetura e do urbanismo uma ferramenta de mudança do cotidiano, pois perceberam que a arte total era basicamente urbana e estaria em relação direta com a cidade e com a vida urbana em geral.
Os situacionistas não eram contra as cidades, mas não aceitavam o modo como os urbanistas e planejadores monopolizavam a construção delas. Eram a favor de uma construção realmente coletiva das cidades, um espaço dinâmico, compatível com as contínuas mudanças de comportamento de uma sociedade.
Não existiu de fato um modelo de espaço urbano situacionista, o que existiu foi um uso ou apropriação situacionista do espaço urbano, assim como não existiu uma forma material de cidade, mas uma forma situacionista de viver ou experimentar a cidade. Bastava que os habitantes passassem de meros espectadores a construtores, transformadores e vivenciadores de seus próprios espaços.

fonte:  vitruvius: breve histórico da internacional situacionista
historia e teoria da tecnologia na tecnologia

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